TERAPIA URBANA
Terapia Urbana enfrenta a ilegalidade como uma degeneração do tecido urbano.
Uma casa construída por volta de 1965, ao lado da estrada, é a génese do Bairro Casal da Perdigueira, classificado como ilegal. A casa tornou-se a célula embrionária para uma novo bairro ao longo de caminhos e estradas que geraram esta operação urbana. O processo propagou-se numa espécie de metástase, o que levou a situações complicadas e irreversíveis no ambiente construído.
Quarenta anos mais tarde, cerca de cem proprietários, realizaram o procedimento legal para se aproximar da Administração Pública, tendo como objectivo receber o reconhecimento legal para suas parcelas individuais e juridicamente restabelecer a conexão com o sistema central.
O bairro é como um organismo que integra o corpo da cidade. Embora seja um organismo que vive, não é legal e, portanto, não pertence ao mapa. Depende do diagnóstico para a cura. Para entender a complexidade apresentada em situações particulares que colidem e violam os requisitos legais uma prescrição é necessária.
Ao longo do processo, tornou-se consensual escolher um quadro urbano-legalista mais flexível em benefício da estabilidade e equilíbrio do organismo.
O espectro de soluções desafiantes entre ruptura com a viabilidade legal como sintomas graves e intervenções estética simples, estão no resumo final alta médica.