Urbanscape
Prior Velho, Loures, Portugal
Europan9
Urbanscape, waterscape
Joãomagala; Nuno Mesquita; Manuel Espada
2007
As pesadas infra-estruturas viárias introduzidas neste local são vitais para a cidade de Lisboa, sendo o nó viário de Sacavém um elemento urbano de grande escala.
O nó, retirou coesão espacial e territorial a Sacavém, partindo-a, e criando o Prior Velho como freguesia.
Quem circula de carro, é local de escolha de percursos e de velocidade. Lugar de não estar, e de querer chegar. Para quem está parado é oferecida a velocidade, num teatro urbano.
A proposta acentua e amplifica a ideia de vale mirante (estrutura natural), como orientador do pensamento urbanístico (estrutura morfológica natural) onde os edifícios travam o terreno com as suas plataformas, fazem com que nos encaminhemos até ao seu fim.
O limite estrangula e suscita a curiosidade de o transpor, oferecendo espaços para lá do "portal", agora reciclados e regenerados em prol de uma unidade inter-municipal.
O espaço central, a peça nuclear, o vértice de ligações, o portal para as outras salas, dos fragmentos residuais gerados pelos nós viários.
A paisagem gerada pelas vias faz o novo espaço público. A bacia da A1 gera a imagem do Prior Velho, que serve, para além de uma nova imagem, como reservatório de água em caso de seca, cheias ou catástrofe.
A paisagem do novo espaço público, vive da relação entre a estrutura natural e a estrutura artificial, conseguindo ligações e relações entre os tecidos.